Bom Dia – – 31 de Outubro de 2025
Bolsas Mundiais
Os mercados futuros da América do Norte apresentam alta, impulsionados pelos resultados positivos das empresas de tecnologia, como Amazon e Apple. Investidores estão atentos aos comentários de autoridades do Federal Reserve.
Estados Unidos
Os índices futuros no território americano estão em alta. As ações da Amazon subiram mais de 13% após a divulgação de um crescimento de 20% na receita de sua divisão de computação em nuvem no terceiro trimestre, superando as expectativas de analistas de Wall Street. Por sua vez, a Apple avançou cerca de 3%, sustentada por resultados sólidos no quarto trimestre fiscal e perspectivas otimistas para o trimestre de dezembro.
Os investidores também observam de perto os pronunciamentos dos oficiais do Federal Reserve, enquanto avaliam os resultados da reunião realizada nesta semana. Essa reunião trouxe o esperado corte nas taxas de juros, mas também evidenciou uma crescente divisão entre os formuladores de políticas monetárias sobre os próximos passos do banco.
Tarifas
Recentemente, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping chegaram a um acordo para uma trégua comercial que terá duração de um ano, após uma reunião realizada na Coreia do Sul. Esse entendimento ajudou a diminuir as preocupações sobre uma escalada na guerra comercial entre as duas principais economias globais. Trump concordou em reduzir em 10% as tarifas sobre produtos chineses relacionados ao fentanil, com efeito imediato, o que diminui a tarifa média total sobre bens chineses para cerca de 47%. Como contraparte, Pequim anunciou uma pausa de um ano nos controles de exportação de terras raras, que havia sido anunciada no início do mês.
Europa
Na Europa, as bolsas estão registrando baixa enquanto os investidores analisam os resultados das companhias e aguardam dados preliminares sobre a inflação na zona do euro. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,25%, atingindo 573,40 pontos.
Os resultados trimestrais trouxeram reações variadas: a resseguradora francesa Scor foi destaque negativo, apresentando uma queda de 6,5% em Paris; já o Danske Bank avançou 2,7% em Copenhague após reportar um lucro ligeiramente superior ao esperado.
A Eurostat deve divulgar a prévia da inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro referente a outubro, um dia após o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido manter as taxas de juros inalteradas pela terceira vez consecutiva. No campo do varejo, as vendas na Alemanha mostraram um crescimento mensal de 0,2% em setembro, mas os analistas esperavam um aumento maior.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em queda, após a divulgação de resultados fracos da manufatura chinesa e enquanto persistem dúvidas sobre a trégua comercial entre EUA e China. No entanto, as praças de Tóquio e Seul alcançaram recordes pela terceira sessão consecutiva. Nos mercados da China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,81%, para 3.954,79 pontos, enquanto o Shenzhen Composto recuou 0,32%, fechando a 2.509,59 pontos.
A divulgação de dados oficiais indicou que o PMI industrial chinês caiu para 49 em outubro, sinalizando a contração mais acentuada da atividade manufatureira nos últimos seis meses. No quesito comercial, os investidores temem que as tensões entre EUA e China ainda persistam, apesar do recente anúncio de acordos sobre redução de tarifas e regulação do fluxo de terras raras.
Diversos índices na região apresentaram resultados negativos: em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,43%, fechando a 25.906,65 pontos. Em Taiwan, o Taiex registrou uma leve baixa de 0,19%, encerrando a 28.233,35 pontos. Por outro lado, o japonês Nikkei saltou 2,12% em Tóquio, alcançando a nova máxima histórica de 52.411,34 pontos, impulsionado por ações do setor de tecnologia e eletrônicos. O Kospi, em Seul, avançou 0,50%, atingindo o inédito patamar de 4.107,50 pontos. Esse avanço foi motivado por um aumento nas ações relacionadas a chips e inteligência artificial após a americana Nvidia anunciar uma parceria com o governo sul-coreano para expandir a infraestrutura de inteligência artificial no país.
Oceania
Na Oceania, a bolsa australiana alcançou seu quarto dia consecutivo de perdas, com uma baixa marginal de 0,04% do índice S&P/ASX 200, que fechou em 8.881,90 pontos.
Dados de Commodities
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a cerca de US$ 60,38, com uma variação negativa de 0,31%. O petróleo Brent é negociado a US$ 64,86, em um patamar 0,22% inferior.
OBitcoin, por sua vez, está sendo negociado a US$ 109.695,60, com uma variação positiva de 2,79%. O preço do ouro se encontra a US$ 4.006,57 a onça-troy, apresentando uma queda de 0,87%. Já o minério de ferro, na bolsa de Dalian, teve uma variação negativa de 0,56%, sendo cotado a 800 iuanes, ou aproximadamente US$ 112,51.
Brasil
Dívida Pública
As contas do governo federal registraram um déficit primário de R$ 100,4 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, conforme relatório do Tesouro Nacional divulgado na quinta-feira, dia 30. Esse resultado representa leve melhora em relação ao mesmo período de 2024, quando o déficit foi de R$ 108,7 bilhões. Entretanto, ainda é indicativa da fragilidade nas finanças públicas e a distância da meta de zerar o déficit neste ano.
A receita líquida totalizou R$ 1,68 trilhões, apresentando um aumento real de 3,5%, enquanto as despesas somaram R$ 1,78 trilhões, um aumento de 2,8%. Assim, o saldo negativo evidenciou o pior desempenho desde 2022, ano em que o governo registrou superávit. Apesar do aumento na arrecadação, a elevação dos gastos continuam a pressionar o resultado fiscal.
Em setembro, o déficit mensal alcançou R$ 14,5 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2020. O Tesouro atribui parte dessa situação ao aumento das despesas, descartando a possibilidade de cortes drásticos, sob a justificativa de que a contenção de recursos nesse momento poderia interromper serviços públicos essenciais.
Economia
Vale (VALE3): A companhia divulgou, na quinta-feira, dia 30, após o encerramento do mercado, que obteve, no terceiro trimestre de 2025, um lucro líquido atribuível aos acionistas de US$ 2,68 bilhões, representando um crescimento de 11% em comparação ao mesmo período de 2024. O EBITDA ajustado foi de US$ 4,36 bilhões, um aumento de 21% na comparação anual. A receita líquida totalizou US$ 10,4 bilhões, com um crescimento de 9% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.
- Energia: Há a possibilidade de que consumidores de energia elétrica sejam obrigados a pagar um custo de até R$ 7 bilhões para indenizar geradoras de energia eólica e solar, que foram obrigadas a reduzir sua produção por determinação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Essa situação é conhecida como “curtailment”. A modificação foi inserida na última hora pelo deputado Danilo Forte na medida provisória que reformula o setor elétrico, e aprovada pela Câmara dos Deputados.
De acordo com a nova redação, as indenizações às usinas serão arcadas pelo Encargo de Serviço do Sistema (ESS) e repassadas a todos os consumidores, sejam eles cativos ou livres. Essa proposta gerou forte reação entre representantes da indústria e consumidores de energia, com a Abrace Energia afirmando que essa despesa não deveria ser transferida aos consumidores, pois isso compromete a competitividade da energia limpa e impacta a geração de empregos e arrecadação.
Imposto de Renda: A Receita Federal realizará o pagamento de mais um lote de restituição do Imposto de Renda referente ao ano de 2025 nesta sexta-feira, dia 31. O montante será depositado nas contas informadas pelos contribuintes no momento da declaração. Recentemente, a Receita abriu a consulta ao lote residual de 2025, que envolve 248.894 contribuintes e totaliza R$ 602.957.179,71. As restituições desse lote virão acompanhadas de uma correção de 5,76%, com base na taxa Selic, que atualmente está em 15% ao ano.
- Leilão: A série de leilões de concessões rodoviárias do Paraná foi finalizada na quinta-feira, dia 30, com a disputa pelo Lote 5. A gestora Patria superou o Grupo Way, consolidando sua posição de destaque ao lado da joint venture EPR, formada por Equipav e Perfin. Das seis rodovias do Estado concedidas desde 2023, apenas o Lote 3 não foi atribuído a um dos dois grupos mencionados, tendo sido arrematado pela Motiva. Os projetos acumulam mais de 3.000 quilômetros e envolvem mais de R$ 60 bilhões em investimentos, conforme informações do governo paranaense.
Agenda Econômica
- 04h00 – Alemanha/Destatis: vendas no varejo de setembro
- 07h00 – Zona do euro/Eurostat: CPI preliminar de outubro
- 08h30 – Brasil: Resultado do setor público consolidado de setembro
- 09h00 – IBGE: Pnad Contínua de setembro
- 10h45 – EUA/ISM Chicago: PMI de outubro
- 11h00 – Teleconferência de resultados da Vale
- 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas em operação
- 16h00 – Aneel divulga bandeira tarifária de novembro
Eventos
- 10h30 – EUA: Lorie Logan (Fed/Dallas) discursa em conferência
- 13h00 – EUA: Beth Hammack (Fed/Cleveland) e Raphael Bostic (Fed/Atlanta) participam de conferência
Balanços
- EUA/antes da abertura: Chevron e Exxon Mobil
Ibovespa e Dólar no Último Pregão
Ibovespa
O principal índice do mercado brasileiro, o Ibovespa, fechou em alta de 0,10%, atingindo 148.780 pontos. O volume financeiro da sessão foi de R$ 20,8 bilhões, com uma alta acumulada de 1,74% em outubro até o momento.
Maiores Altas do Ibovespa
- HYPE3: +4,95% – R$ 25,67
- ABEV3: +4,66% – R$ 12,59
- MRVE3: +4,22% – R$ 7,41
- SANB11: +2,61% – R$ 30,61
- UGPA3: +2,41% – R$ 21,25
Maiores Baixas do Ibovespa
- BBDC4: -3,88% – R$ 18,10
- BBDC3: -3,56% – R$ 15,43
- BRKM5: -2,86% – R$ 6,79
- GGBR4: -2,75% – R$ 18,72
- GOAU4: -1,90% – R$ 10,85
Dólar
O dólar encerrou o dia em alta de 0,43%, sendo cotado a R$ 5,3814.
IFIX
O índice IFIX registrou uma queda de 0,11%, fechando aos 3.585,69 pontos.
Fonte: CNBC, Valor Investe, G1, BDM, Infomoney. Atualização: 7h30 (horário de Brasília).
Fonte: br.-.com
