Tesouro Nacional Retorna ao Mercado Internacional
O Tesouro Nacional anunciou nesta terça-feira, dia 2 de outubro, seu retorno ao mercado internacional. A operação inclui a emissão de títulos soberanos com prazos de cinco e trinta anos, cujos vencimentos estão previstos para 2030 e 2056, respectivamente. O Tesouro também destacou a possibilidade de troca ou recompra de papéis, o que amplia as opções para os investidores.
Captação Aproximada e Taxas de Juros
Na comunicação do resultado parcial da operação, feita na noite de terça-feira, o Tesouro informou que conseguiu uma captação de US$ 750 milhões com o título global de cinco anos, que foi emitido com uma taxa final de 5,20% ao ano. Já para o título com vencimento em trinta anos, a taxa final foi de 7,5% ao ano. O volume total dessa segunda emissão será divulgado na quarta-feira, dia 3 de outubro.
Reflexão da Confiança dos Investidores
De acordo com a secretaria responsável, a repercussão positiva da operação é um indicativo da abertura do mercado e serve como referência para futuras emissões corporativas. Além disso, reflete a confiança dos investidores na política econômica vigente e na qualidade do crédito brasileiro. O Tesouro ainda afirmou que essa operação "reforça a histórica e forte integração do mercado brasileiro com o mercado norte-americano" no que diz respeito à gestão da dívida pública.
Troca e Recompra de Títulos
Como parte das operações de venda dos dois títulos, o Tesouro ofereceu aos investidores a possibilidade de trocar os títulos que estão prestes a vencer em 2037, 2041, 2045, 2047, 2050 e 2054 pelo novo papel com vencimento em 2056. Alternativamente, era possível que o governo realizasse a recompra desses mesmos títulos.
Complexidade do Gerenciamento de Passivos
Em um comunicado, o Tesouro informou que o atraso na divulgação do resultado preliminar se deu em função da "complexidade relacionada com a operação de gerenciamento de passivos". A pasta explicou que, neste formato, os resultados são comunicados apenas no dia seguinte pelos bancos envolvidos.
Liderança das Instituições Financeiras
A operação foi coordenada por um grupo de instituições financeiras que incluiu o Bank of America, Itau BBA USA e J.P. Morgan. Essa foi a terceira emissão externa do Tesouro Nacional em 2023. As duas operações anteriores, realizadas nos meses de fevereiro e junho, resultaram na captação total de US$ 5,25 bilhões.
Expectativas do Secretário do Tesouro
Em julho, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou à Reuters que o governo brasileiro planejava realizar novas emissões de títulos da dívida nacional no mercado externo ainda no decorrer do ano. Essa expectativa surge após um ciclo de captações exitosas nos primeiros seis meses do ano.