Título reescrito: "Em alta a popularidade de Lula no Brasil; Lei Magnitsky contra instituições financeiras e ata do Fed geram cautela nos mercados. Confira o que observar nesta quarta-feira (20) – Tempo Real – Principais notícias do mercado financeiro."

“Em alta a popularidade de Lula no Brasil; Lei Magnitsky contra instituições financeiras e ata do Fed geram cautela nos mercados. Confira o que observar nesta quarta-feira (20)”

by Ricardo Almeida
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Na agenda econômica de hoje, dirigentes do Federal Reserve ganham destaque, especialmente o diretor Christopher Waller, que tem direito a voto e é candidato à sucessão de Jerome Powell, durante um evento sobre inovação tecnológica no Wyoming, antes do encontro no simpósio de Jackson Hole.

No Brasil, o presidente Lula se reúne nesta manhã com ministros e presidentes de bancos públicos para discutir o crédito imobiliário destinado à reforma de casas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa do 1º Seminário de Governança, Riscos, Controle e Integridade, promovido pela pasta.

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e a diretoria da instituição participam de uma reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef), tanto pela manhã quanto à tarde. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve participar da Conferência Anual do Santander (SANB11).

No Congresso, a Câmara deve votar a urgência do projeto de lei sobre o Imposto de Renda (IR).

No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) instalará uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) mista sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e o plenário votará em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que limita o pagamento de precatórios por estados e municípios. Além disso, a Comissão de Infraestrutura realiza o segundo dia de sabatinas de indicados para agências reguladoras.

Entre os indicadores esperados, serão publicados a sondagem industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o fluxo cambial semanal.

No Japão, são divulgadas as leituras preliminares de agosto da S&P Global/Jibun Bank para os Índices de Gerentes de Compras (PMIs) compuesto, de serviços e industrial.

Ibovespa hoje: os principais assuntos para ficar atento nesta quarta-feira (20)

Bolsas globais mostram fôlego curto à espera da ata do Fed

Os índices futuros das bolsas de Nova York registram leve baixa, enquanto os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) longos recuam e o dólar hoje apresenta estabilidade frente a moedas principais, à espera da ata do Fed e das declarações de dois dirigentes da instituição. Na Europa, as bolsas recuam, embora Londres suba após a aceleração da inflação no Reino Unido.

Além disso, seguem em foco os desdobramentos das negociações para o fim da guerra na Ucrânia, com a Casa Branca planejando uma possível reunião trilateral entre os presidentes dos EUA, Rússia e Ucrânia.

O presidente Donald Trump indicou que os EUA estão preparados para usar poder aéreo em apoio a uma força de segurança europeia na Ucrânia, mas descartou o envio de tropas terrestres.

No comércio, mais de 400 novos produtos foram adicionados à lista de itens sujeitos à tarifa de 50% sobre aço e alumínio, uma medida destinada a evitar a evasão de tarifas e fortalecer indústrias domésticas, sob a justificativa de segurança nacional.

Commodities hoje: petróleo avança, mas minério recua

O petróleo opera em alta, revertendo perdas da véspera, após dados do American Petroleum Institute (Instituto Americano de Petróleo) sugerirem uma queda de 2,4 milhões de barris nos estoques dos EUA na última semana. Nesta manhã, o WTI para outubro avançava 0,86%, a US$ 62,30, e o Brent para outubro subia 0,73%, a US$ 66,27.

Entre as commodities hoje, o minério de ferro recuou 0,19% no mercado futuro de Dalian, na China, no contrato futuro para janeiro de 2026, cotado a 769 yuans por tonelada, equivalente a US$ 107,47.

Os American Depositary Receipts (ADRs) da Vale (VALE3) avançavam levemente 0,10% no pré-mercado de Nova York nesta manhã. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,42%.

Ibovespa hoje monitora decisão do STF e popularidade de Lula

A cautela no exterior e a queda do minério devem impactar no Índice Bovespa hoje e no câmbio, embora a alta do petróleo possa aliviar parte da pressão após as perdas significativas registradas na terça-feira (19).

No último pregão, a Bolsa fechou em 134.432,26 pontos, sob pressão de temores sobre a relação Brasil-EUA e pelo forte recuo das ações de grandes bancos. O dólar também refletiu o nervosismo, subindo para R$ 5,5009, o maior valor de fechamento desde o início do mês.

Os investidores seguem atentos aos desdobramentos da decisão do ministro do STF, Flávio Dino, que afirmou que leis estrangeiras só têm validade no Brasil após homologação judicial — interpretada como uma reação à sanção dos EUA contra o ministro Alexandre de Moraes, no contexto da Lei Magnitsky. O setor bancário teme represálias legais tanto nos EUA quanto no Brasil.

Além das tensões diplomáticas, a avaliação positiva do governo Lula também pode influenciar as negociações. Pela primeira vez desde dezembro de 2024, a maioria dos brasileiros considera o governo atual melhor que o de Jair Bolsonaro (PL) – 43% contra 38% –, de acordo com uma pesquisa Genial/Quaest. A avaliação positiva de Lula cresceu de 28% para 31%, a negativa caiu de 40% para 39%, e a regular passou de 28% para 27%.

Esses e outros dados do dia permanecem no radar dos investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o Índice Bovespa hoje.

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