Ajustes nas Expectativas do Mercado
Agentes do mercado ajustaram para baixo suas estimativas de inflação para este ano e o próximo, além de realizar pequenas alterações nas expectativas de crescimento da economia brasileira para os anos de 2025 e 2026, conforme apontou a pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, nesta segunda-feira (1º).
Expectativas para a Inflação
Para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como referência para a meta de inflação do Banco Central, os agentes reduziram em 0,01 ponto percentual a previsão para o final deste ano, estimando agora um índice de 4,85%, em comparação ao 4,86% anterior. Para 2026, a redução foi de 0,02 ponto, passando de 4,33% para 4,31%.
A meta de inflação estabelecida é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
O mercado já havia reduzido suas estimativas de inflação por 14 semanas consecutivas para este ano e pela sétima semana seguida para o ano seguinte.
Expectativas para o PIB
Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), os agentes ajustaram as expectativas de crescimento para este ano em 0,01 ponto percentual, passando de 2,18% para 2,19%. Um movimento similar ocorreu nas estimativas para 2026, que agora indicam um crescimento de 1,87%, frente a 1,86% na semana anterior.
O IBGE divulgará na terça-feira (2) os dados do PIB do segundo trimestre. As expectativas, conforme pesquisa da Reuters, apontam para um avanço de 0,3% em relação aos três primeiros meses do ano e uma alta de 2,2% em comparação anual.
Expectativas para o Dólar e Taxa de Juros
A pesquisa também revelou uma expectativa de cotação do dólar a R$ 5,56 ao final deste ano, abaixo do valor anterior de R$ 5,59. Para 2026, a previsão é de R$ 5,62, ante R$ 5,64 da semana passada.
Além disso, o Focus indicou a manutenção das previsões para a taxa de juros Selic, que permanece em 15,00% para este ano e 12,50% para o próximo.
(Por Eduardo Simões)