Desempenho do Ibovespa
O Ibovespa B3 encerrou esta quarta-feira, dia 3, com uma queda de 0,34%, atingindo 139.863,63 pontos. Esse pregão foi caracterizado pela cautela observada entre os investidores, que estavam atentos ao segundo dia do julgamento no STF, que investiga uma tentativa de golpe atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-ministros militares.
A instabilidade política voltou a influenciar negativamente o mercado, se somando às preocupações relacionadas às tensões comerciais com os Estados Unidos.
Destaques do Pregão
Entre os destaques do pregão, a ação da Cosan (CSAN3) teve uma valorização de 8%, impulsionada por expectativas positivas nos setores de energia e logística. A Raízen (RAIZ4) também apresentou um crescimento de 4,96%, assim como o Pão de Açúcar (PCAR3), que subiu 2,93%. Por outro lado, a Ambev (ABEV3) registrou uma queda de 2,14%, reflexo da pressão sobre custos e ajustes nos portfólios.
Mercado de Juros
No âmbito do mercado de juros, a Taxa DI referente a 2029 permaneceu em 14,90%. Já o Índice DI de 03/09 anotou 51.827,42 pontos. O índice de volatilidade, por sua vez, o S&P/B3 VIX, teve uma redução de 2,9%, situando-se em 15,40 pontos. Essa diminuição sinaliza um leve alívio após a alta registrada no dia anterior, embora o valor ainda permaneça elevado.
Mercado de Câmbio
Dólar Comercial
O dólar comercial encerrou o dia com a cotação de R$ 5,4485 na venda, após ter iniciado a sessão em queda, interrompendo uma sequência de três dias de valorização. Na manhã do dia, a moeda refletiu a fraqueza global do dólar, bem como uma diminuição de 0,2% na produção industrial do mês de julho, que estava dentro das expectativas do mercado. Esse cenário chegou a proporcionar alívio nos juros futuros mais longos.
Contudo, ao longo da tarde, a divisa voltou a ganhar força, impulsionada pelo ambiente de incerteza política e comercial. Os investidores permaneceram atentos ao julgamento no STF, que é considerado um fator-chave de risco para a estabilidade institucional do Brasil.
Foco Externo
No contexto internacional, a atenção se voltou para uma audiência em Washington, que aborda as práticas comerciais do Brasil, além da expectativa em relação ao posicionamento do presidente dos EUA, Donald Trump. Ele havia prometido recorrer da decisão judicial que revogou parte de suas tarifas de importação.
Medidas de Alívio
O dia também trouxe notícias de medidas de alívio para as empresas brasileiras que enfrentam o impacto do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos. O Comitê Gestor do Simples Nacional anunciou que o recolhimento de tributos dessas companhias será adiado em dois meses. Apesar do alívio momentâneo que essa decisão proporciona, analistas avaliam que a tensão comercial continuará sendo um fator de instabilidade para o mercado de câmbio nas próximas semanas.
