Ibovespa Futuro e Dólar Futuro: Análise do Mercado
Desempenho do Ibovespa Futuro
Na última quinta-feira, 16 de outubro, o Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25) apresentou uma queda de 0,49%, fechando a sessão aos 145.035 pontos. De acordo com a análise técnica enviada pelo BTG Pactual, o ativo continua operando acima da média de 200 períodos, que agora serve como um suporte significativo na faixa dos 145.000 pontos.
Para que o mercado retorne a um viés positivo, será necessário um rompimento da resistência nos 146.000 pontos, o que formaria um pivô de alta e abriria espaço para o teste da resistência na região dos 148.000 pontos. Por outro lado, a área em torno dos 143.600 pontos é considerada um suporte importante.
Estabilidade do Dólar Futuro
O dólar futuro para novembro (WDOX25) apresentou uma leve queda de 0,02%, sendo cotado a R$ 5,4720, mostrando pouca variação. No curto prazo, o ativo demonstra indefinição e pode lateralizar entre a resistência de 5.500 e o suporte de 5.400 pontos. O dólar futuro continua testando a média de 50 períodos como seu primeiro suporte, estipulado em 5.470 pontos. A perda desse nível pode intensificar os movimentos de venda, levando a um novo teste no suporte mais relevante em 5.400 pontos.
Análise do Dólar Futuro em Relação ao Movimento Global
Apesar de o dólar futuro ter apresentando uma estabilidade, por volta das 17h, no horário de Brasília, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas globais — recuava 0,45%, situando-se em 98.339 pontos. Essa tendência ocorre em um contexto de tensões geopolíticas, enquanto os investidores reagem à indicação de que o Federal Reserve deve considerar cortes na taxa básica na próxima reunião.
Além disso, o risco percebido no crédito nos EUA contribui para a expectativa de cortes nas taxas de juros. O Zions Bancorp anunciou uma baixa contábil de US$ 50 milhões para cobrir dois empréstimos considerados de alto risco. Por sua vez, a Western Alliance protocolou uma ação judicial contra o Cantor Group V, alegando fraude.
De acordo com Paula Zogbi, a preocupação de que os empréstimos mais arriscados estão se acumulando nos balanços de bancos regionais, como a Jefferies, motivou a venda de ações do setor financeiro.
A atmosfera geopolítica também recebeu atenção, especialmente após a conversa entre os líderes Donald Trump e Vladimir Putin, que discutiram a possibilidade de uma reunião em Budapeste para negociar o fim do conflito na Ucrânia, embora ainda sem uma data definida.
Pressões Externas e Dados Econômicos sobre o Ibovespa Futuro
No lado fundamental, o Ibovespa futuro enfrentou influência tanto da divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é considerado uma prévia do PIB, quanto do aumento na aversão ao risco observado globalmente. O IBC-Br registrou um crescimento de 0,4% em agosto, o que ficou abaixo das expectativas da Reuters, que projetavam uma alta de 0,6%. Isso se dá após uma revisão de queda de 0,52% em julho. Comparando-se ao ano anterior, o indicador apresentou um leve crescimento de 0,1%, acumulando um ganho de 3,2% nos últimos 12 meses.
Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, analisa que esse dado reforça a percepção de uma desaceleração gradual da economia, a qual possui efeitos diretos sobre a confiança e o consumo. O mercado também acompanhou de perto a reunião entre o secretário norte-americano, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Esse encontro deu início às tratativas comerciais bilaterais após a imposição de uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, que foi implementada no começo do segundo semestre.
Dessa forma, o cenário econômico brasileiro enfrenta diversas pressões, tanto do ambiente interno quanto de fatores externos, que afetam as expectativas e o comportamento dos investidores no mercado financeiro.
Fonte: www.moneytimes.com.br
