Minério de ferro fecha em queda nas bolsas de Dalian e Cingapura; ações da Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) recuam nas bolsas de valores nesta quinta-feira (16/10)
No dia 16 de outubro de 2023, o mercado global de minério de ferro registrou uma nova queda nas principais bolsas asiáticas. Esse movimento reflete as crescentes preocupações em relação ao enfraquecimento da demanda por essa commodity na China, que é o maior consumidor mundial. A curva de preços do minério manteve a tendência de baixa pelo quarto dia consecutivo, influenciada pelo aumento dos estoques de aço e por dados econômicos mais fracos vindos do setor industrial chinês.
Minério de ferro em Dalian e Cingapura
Na Bolsa de Dalian (DCE), o contrato mais negociado, com vencimento em janeiro de 2026, encerrou o pregão cotado a 773,5 iuanes por tonelada métrica, equivalente a cerca de US$ 108,56 por tonelada, o que representa uma queda de 0,89% e é o menor nível registrado nas últimas seis semanas. De acordo com os analistas, o acúmulo nos estoques de aço e as margens mais reduzidas das siderúrgicas da China continuam a limitar a demanda por novas aquisições da matéria-prima.
Na Bolsa de Cingapura (SGX), o contrato para novembro apresentou um leve recuo de 0,02%, sendo cotado a US$ 105,10 por tonelada. A expectativa de um possível corte de juros por parte do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos contribuiu para evitar perdas mais acentuadas, uma vez que a desvalorização do dólar deve tornar as commodities mais atraentes para investidores internacionais.
Impacto sobre a Vale e mineradoras globais
No ambiente da B3, as ações da Vale (BOV:VALE3) encerraram o dia apresentando uma queda de 0,94%, cotadas a R$ 60,29, refletindo a tendência de baixa dos preços do minério de ferro e o cenário mais desafiador para as exportações. Na NYSE, os papéis da Vale (NYSE:VALE) também caíram, apresentando uma queda de 0,58%, com a cotação a US$ 11,10.
Entre as mineradoras internacionais, a Rio Tinto (LSE:RIO) viu suas ações caírem levemente em 0,06%, cotadas a £5.138. Por sua vez, a BHP (ASX:BHP) recuou 1,04%, com suas ações sendo negociadas a US$ 56,10. A Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) enfrentou uma retração de 2,87%, com suas ações cotadas a US$ 13,55, pressionada pela diminuição das margens de produção no setor de aço dos Estados Unidos.
Em contrapartida, a ArcelorMittal (EU:MT) destacou-se positivamente, apresentando um aumento de 1,20% em Londres, impulsionada por previsões otimistas para o mercado europeu de aços planos e expectativas de melhora na demanda no setor automotivo.
Contexto global e cenário da mineração
O setor de mineração continua a ser afetado por incertezas econômicas na China e pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China, fatores que permanecem a impactar negativamente o sentimento dos investidores. Apesar desse cenário, a valorização de metais como ouro e cobre tem proporcionado algum suporte às mineradoras que atuam em segmentos diversificados.
A Macquarie Research destacou que os preços médios do minério de ferro, do ouro e do carvão térmico estão se mantendo acima das projeções anteriores. Além disso, empresas como Endeavour Silver (NYSE:EXK) e Plata Latina Minerals (TSXV:PLA) recentemente anunciaram progressos em novos projetos de mineração, o que reforça a retoma gradual de investimentos dentro desse setor.
Acompanhe o mercado em tempo real
O minério de ferro continua a ser uma das commodities mais relevantes para o mercado brasileiro, servindo como uma referência direta para o desempenho das ações que estão ligadas ao setor de mineração e siderurgia. O investidor tem a possibilidade de acompanhar em tempo real os preços, contratos e gráficos disponíveis na Central de Commodities da –: Central de Commodities.
Fonte: br.-.com
