Oi Aprovou Grupamento de Ações
Proposta de Grupamento
O conselho de administração da Oi (OIBR3), que se encontra em recuperação judicial, aprovou uma proposta de agrupamento de todas as ações ordinárias e preferenciais na proporção de 25 para 1. Este movimento, se aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária, que ocorrerá em 29 de setembro de 2025, será o terceiro agrupamento realizado nos últimos três anos.
Dificuldades Financeiras
A Oi tem enfrentado dificuldades financeiras significativas ao longo dos últimos anos. Apesar de realizar a venda de ativos, a empresa não conseguiu solucionar suas questões financeiras, resultando em uma queda no valor de suas ações, que estão cotadas abaixo de R$ 1. No segundo trimestre do ano, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 835 milhões, revertendo um lucro de R$ 15 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior. Esse lucro anterior foi impulsionado por um ganho de natureza contábil.
Objetivo do Grupamento
A medida visa enquadrar a cotação das ações em valor igual ou superior a R$ 1, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela B3, a bolsa brasileira. Além disso, a ação busca aumentar o interesse de investidores institucionais, assim como promover uma recomposição da liquidez das ações da empresa.
Ajustes para Ações no Exterior
As American Depositary Shares (ADSs) que representam as ações ordinárias da Oi no mercado exterior não serão agrupadas. No entanto, haverá um ajuste na paridade, de forma que cada ação ordinária passe a representar cinco ADSs ON. Da mesma forma, para as ADSs que representam ações preferenciais, a companhia também propõe um ajuste de maneira que cada ação preferencial equivalha a cinco ADSs PN.
Divisão do Capital Social
Se o grupamento for aprovado na Assembleia Geral Extraordinária, o capital social da Oi, que atualmente tem 330 milhões de ações, será reduzido para 13.204.868 ações. Dessa nova quantidade, 13.141.778 serão ações ordinárias, que são nominativas e não possuem valor nominal de emissão, e 63 mil serão ações preferenciais.
Período Para Ajustes
A empresa disponibilizará um período mínimo de 30 dias para que os acionistas que têm posições em lotes fracionários possam negociar e formar lotes múltiplos de 25 ações na B3, antes que o agrupamento seja efetivado. As ações começarão a ser negociadas já agrupadas no primeiro pregão que ocorrer após o término desse período de livre ajuste.
Comércio de Frações de Ações
Após o período para ajustes, quaisquer frações resultantes do grupamento serão reagrupadas. Estas frações de ações serão vendidas em leilões na B3, e os recursos obtidos com essas vendas serão distribuídos proporcionalmente aos acionistas, após a liquidação financeira da venda.