Reunião entre Trump e Xi Jinping
No dia 30 de outubro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, conversaram ao deixarem um encontro bilateral no Aeroporto Internacional de Gimhae, durante a cúpula da Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC), realizada em Busan, Coreia do Sul.
Garantias sobre Taiwan
Trump afirmou que Xi Jinping lhe forneceu garantias de que Pequim não tomaria nenhuma medida em relação ao seu objetivo de unificar Taiwan com a China continental enquanto o presidente republicano estiver no cargo. O tema de Taiwan, que é um assunto de longa data e controvérsia, não foi abordado nas conversas de Trump com Xi na quinta-feira, que se concentraram principalmente nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.
O presidente dos EUA expressou sua certeza de que a China não tomará providências em relação a Taiwan enquanto ele estiver no comando do país. Em trecho de uma entrevista ao programa "60 Minutes" da CBS, que será exibida no domingo, Trump disse: "Ele (Xi) afirmou abertamente e suas pessoas disseram abertamente em reuniões: ‘Nunca faríamos nada enquanto o presidente Trump for presidente’, pois eles conhecem as consequências".
Preocupações dos EUA
Autoridades dos Estados Unidos há muito expressam preocupação sobre a possibilidade de a China utilizar força militar contra Taiwan, a ilha democrática autônoma que é reivindicada por Pequim como parte de seu território. O Ato de Relações com Taiwan de 1979, que regula as relações dos EUA com a ilha, não exige que os Estados Unidos intervenham militarmente em caso de invasão chinesa, mas estabelece como política americana garantir que Taiwan tenha os recursos necessários para se defender e impedir qualquer mudança unilateral de status por parte de Pequim.
Política de Ambiguidade Estratégica
Questionado sobre a possibilidade de ordenar forças militares estadunidenses para defender Taiwan em caso de ataque chinês, Trump se esquivou da resposta. As administrações republicanas e democratas dos EUA têm mantido uma política de "ambiguidade estratégica" em relação a Taiwan, evitando deixar claro se os Estados Unidos viriam em auxílio à ilha em tal cenário.
Trump afirmou: "Você descobrirá se isso acontecer, e ele (Xi) entende a resposta para isso".
Reação da China
Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa em Washington, não respondeu diretamente à questão sobre se Trump recebeu garantias de Xi ou de oficiais chineses a respeito de Taiwan. Em um comunicado, ele insistiu que a China "nunca permitirá que qualquer pessoa ou força separe Taiwan da China de qualquer forma". Ele acrescentou: "A questão de Taiwan é um assunto interno da China e é o cerne dos interesses fundamentais da China. Como resolver a questão de Taiwan é uma questão que diz respeito apenas ao povo chinês, e somente o povo chinês pode decidir isso".
Informações complementares
A Casa Branca também não forneceu mais detalhes sobre quando Xi ou oficiais chineses informaram a Trump que a ação militar em Taiwan estava fora de cogitação durante a presidência do republicano. A entrevista para o programa "60 Minutes" foi gravada na sexta-feira, no resort Mar-a-Lago, na Flórida, e marcou a primeira participação de Trump no programa desde que ele resolveu um processo movido contra a CBS News neste verão, referente à entrevista da emissora com Kamala Harris. O restante da entrevista está programado para ser exibido posteriormente no domingo.
Fonte: www.cnbc.com
