Vale encerra terça-feira (28/10) com valorização de 1% impulsionada pela alta do minério de ferro

Vale encerra terça-feira (28/10) com valorização de 1% impulsionada pela alta do minério de ferro

by Ricardo Almeida
0 comentários

VALE3 fecha a R$ 62,30 na B3 e ADR VALE +1,40% na NYSE. Produção recorde no 3T25 impulsiona otimismo.

Em um pregão que apresentou um viés positivo nas commodities, a Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) beneficiou-se da alta no preço do minério de ferro, encerrando o dia com ganhos moderados tanto na B3 quanto na NYSE. O otimismo do mercado foi alimentado pela prévia operacional do terceiro trimestre de 2025, que registrou volumes de produção nunca vistos desde 2018, acompanhados do renascimento de esperanças em torno de um acordo comercial entre EUA e China. Para os investidores que monitoram o setor de mineração, o dia destacou a importância da estatal como um indicador da economia global, especialmente no que diz respeito à demanda chinesa por aço.

Na B3, as ações ordinárias da Vale (VALE3) fecharam cotadas a R$ 62,30, representando uma alta de 1,04% (variação absoluta de +0,64). A sessão iniciou com as ações a R$ 62,28, atingindo uma máxima de R$ 62,54 e uma mínima de R$ 61,58, com um volume negociado de 15,8 milhões de unidades. Essa valorização é um reflexo da rápida absorção da prévia de produção, que foi de 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro, um número que superou as expectativas e reacendeu as apostas em dividendos extraordinários ainda neste ano.

No mercado americano, o ADR da Vale na NYSE teve desempenho ainda mais significativo, encerrando a sessão a US$ 11,62, com um ganho de 1,40% (variação absoluta de +0,16). A abertura foi a US$ 11,60, com máxima em US$ 11,69 e mínima em US$ 11,48, movimentando um total robusto de 36,3 milhões de papéis. Investidores institucionais estrangeiros parecem favorecer a estratégia de crescimento orgânico da companhia, a qual visa recuperar a liderança global na produção de minério de ferro até 2025, sem depender de aquisições caras.

Considerando o minério de ferro, o desempenho da Vale demonstrou uma correlação positiva, com ganhos amplificados. O contrato de janeiro de 2026 em Dalian subiu 1,93%, alcançando 786,5 iuanes por tonelada (aproximadamente US$ 111,63), enquanto o contrato de dezembro de 2025 em Singapura aumentou 0,76% para US$ 106,50. Embora as altas na commodity tenham sido modestas, as ações da Vale superaram o percentual do insumo, impulsionadas pela eficiência operacional e pela orientação positiva em relação ao cobre e níquel, que também superaram as projeções para o trimestre.

  • Prévia operacional 3T25: Produção de minério de ferro totalizando 94,4 milhões de toneladas, a maior desde 2018; vendas acima das expectativas.
  • Crescimento em metais base: Aumento de cobre e níquel que superam as estimativas, diversificando as receitas da empresa.
  • Retomada de liderança: O CEO projeta alcançar o primeiro lugar global em 2025 através de projetos internos, entre eles o investimento de R$ 70 bilhões em Carajás.
  • Dividendos em perspectiva: A geração robusta de caixa abre a possibilidade de um pagamento extraordinário após o balanço, agendado para 30 de outubro.
  • Sustentabilidade: Foco na mineração de baixa emissão e logística renovável atrai investimentos voltados para ESG.

No cenário internacional, a Vale se destacou em comparação com suas concorrentes, apresentando um desempenho superior à maioria delas. A companhia BHP (ASX:BHP) teve alta de 1,12%, alcançando 57,01 pontos na Austrália, enquanto a Rio Tinto (LSE:RIO) subiu 1,09% para US$ 71,70 na NYSE, ambas apresentando ganhos, mas sem alcançar o potencial extra da Vale, que se beneficia de custos baixos no Brasil. A Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) destacou-se entre as ações americanas, crescendo 2,40% e chegando a US$ 14,10, apostando em aço protegido por tarifas estabelecidas nos EUA.

Por sua vez, a CSN Mineração (BOV:CMIN3), também atuante no mercado interno, apresentou um desempenho ainda mais brilhante com uma valorização de 2,59%, alcançando R$ 5,95, superando a Vale em termos percentuais em função das expectativas de um EBITDA explosivo no terceiro trimestre de 2025 e yield de dividendos elevados. No exterior, a ArcelorMittal (NYSE:MT) teve um ganho modesto de 0,50%, fechando a US$ 34,16, pressionada por margens de refino apertadas, apesar da alta no minério de ferro. No Brasil, a Vale soube equilibrar melhor as influências positivas, evitando as perdas observadas nas siderúrgicas integradas.

Analistas continuam divididos em suas opiniões, embora muitos apresentem um viés construtivo. O Itaú BBA mantém o preço-alvo de R$ 75 para VALE3, com foco na expectativa de crescimento dos dividendos, enquanto a XP revisou a recomendação para neutro, fixando o novo preço-alvo em R$ 66, em função da volatilidade no mercado chinês. O BB-BI reforça a recomendação de compra, com previsão de R$ 68 para 2026, destacando a resiliência operacional da Vale. Para os traders, o balanço agendado para 30 de outubro possui o potencial de ser um catalisador, o qual poderia romper resistências técnicas e atrair novos fluxos de investimento.

Análise Técnica da Vale – VALE3 (28/10)

Após o fechamento do pregão na terça-feira (28/10), a análise técnica do ativo VALE3 sugere um cenário que exige atenção para os próximos dias. O papel encerrou o dia cotado a R$ 62,30, muito próximo da resistência imediata fixada em R$ 62,54. Caso esse nível seja rompido, o ativo poderá buscar novos alvos nos níveis de R$ 63,99, R$ 65,35 e até R$ 67,10, com um potencial de crescimento de longo prazo estimado em até R$ 120,45 — o maior preço já registrado para a ação. Por outro lado, se houver perda do suporte situado em R$ 61,33, o papel poderá buscar níveis inferiores, alcançando R$ 59,80 e R$ 58,75, o que configuraria uma reversão de tendência de curto prazo.

Os indicadores técnicos demonstram um equilíbrio entre forças compradoras e vendedoras. Seis dos treze indicadores analisados apontam para tendências de alta, incluindo o HILO, Parabólico SAR e médias móveis simples de 5 e 21 períodos. A tendência geral permanece positiva, com o Trix apresentando uma trajetória ascendente. Contudo, o Índice de Força Relativa (IFR) encontra-se em zona de sobrecompra, sugerindo a possibilidade de uma correção próxima. O Índice de Canal de Commodities (CCI) acima de 100 indica uma possível reversão de baixa. A análise das formações de candlesticks revelou padrões recentes de Harami de baixa (16/10) e Engolfo de baixa (09/10), que ressaltam a necessidade de cautela no ambiente atual. O papel, nesse instante, pode estar em um ponto de inflexão crucial, onde o rompimento de resistências ou suportes será determinante para o futuro movimento das ações.

Fonte: br.-.com

As informações apresentadas neste artigo têm caráter educativo e informativo. Não constituem recomendação de compra, venda ou manutenção de ativos financeiros. O mercado de capitais envolve riscos e cada investidor deve avaliar cuidadosamente seus objetivos, perfil e tolerância ao risco antes de tomar decisões. Sempre consulte profissionais qualificados antes de realizar qualquer investimento.

Você pode se interessar

Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação, personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Ao continuar navegando em nosso site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Você pode alterar suas preferências a qualquer momento nas configurações do seu navegador. Aceitar Leia Mais

Privacy & Cookies Policy