Mineradora Vale enfrenta dificuldades no mercado nesta terça-feira (04/11)
As ações da Vale (BOV:VALE3) fecharam o pregão da terça-feira (04/11) com uma queda de 1,12%, sendo cotadas a R$ 64,62 na bolsa de valores B3. Este movimento negativo refletiu a pressão nas commodities metálicas, além da queda no preço do minério de ferro (CCOM:IRON) no cenário internacional. Na NYSE, os ADRs da mineradora (NYSE:VALE) também apresentaram recuo de 2,30%, finalizando o dia a US$ 11,92, o que demonstra uma aversão global ao risco diante de preocupações relacionadas à demanda por produtos na China.
Desempenho do minério de ferro nos mercados asiáticos
O minério de ferro enfrentou um novo recuo nas principais bolsas asiáticas, com os contratos mais negociados em Dalian (DCE) encerrando as atividades do dia em torno de 782,5 iuanes por tonelada, aproximadamente US$ 109,88, mantendo o viés negativo observado na sessão anterior. Em Cingapura (SGX), o contrato de referência para dezembro registrou uma queda de 1,19%, sendo negociado a US$ 103,8 por tonelada, influenciado pela combinação de estoques elevados e fraca atividade fabril na China.
Fatores que pressionaram o desempenho da Vale nesta terça-feira
Atividade industrial mais fraca na China: O PMI do setor manufatureiro chinês indicou uma desaceleração, o que reduz as expectativas de consumo de aço.
Estoques em alta: Os portos chineses têm registrado um aumento no volume de minério, refletindo um ritmo menor de embarque para as siderúrgicas.
Consumo menor de aço: A produção e o consumo acumulados de aço na China continuam abaixo das médias históricas, impactando diretamente a demanda.
Aversão ao risco global: Os investidores têm diminuído sua exposição a commodities metálicas em razão de incertezas econômicas em nível mundial.
O clima de maior cautela levou muitos investidores a realizarem lucros após o expressivo desempenho das ações no final de outubro, momento em que a Vale reportou um lucro líquido de R$ 14,9 bilhões no 3T25, superando as expectativas do mercado. A divulgação desse balanço robusto em 31/10 ainda sustenta parte da confiança dos analistas, que ressaltam os fundamentos sólidos da mineradora e a boa geração de caixa, mesmo diante da volatilidade dos preços do minério.
Comparativo de desempenho entre as mineradoras
Quando comparada a seus pares internacionais, a Vale (NYSE:VALE) apresentou um desempenho intermediário. A mineradora australiana BHP (ASX:BHP) viu suas ações caírem 2,65%, enquanto a Rio Tinto (LSE:RIO) recuou 3,52%, ambas pressionadas por fatores relacionados à desaceleração da economia chinesa. Em contrapartida, a localização da americana Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) sofreu a maior queda do dia, despencando 10,11% na bolsa nova-iorquina. Por outro lado, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) registrou uma queda mais moderada, de 2,13%, consequência de um movimento local menos acentuado.
Perspectivas futuras para a Vale
Em meio ao cenário adverso, o mercado permanece atento aos desdobramentos relacionados a parcerias tecnológicas da Vale, incluindo a recente ampliação do acordo com a TIM (BOV:TIMS3) para a implantação de redes 5G em suas operações. Essa iniciativa é considerada estratégica para aumentar a eficiência e segurança das minas, com potencial para reduzir os custos operacionais no médio prazo.
Os analistas mantêm uma perspectiva positiva em relação à empresa a longo prazo, destacando o seu potencial de distribuição de dividendos, assim como os avanços nas áreas de sustentabilidade e inovação. Instituições financeiras como BTG Pactual e Itaú BBA reiteraram suas recomendações de compra, com estimativas de preço-alvo médio superior a R$ 80,00.
A análise apresentada é fruto da ferramenta AI – – Intelligence, reconhecida como a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa baseada em Inteligência Artificial no mercado.
Fonte: br.-.com
