Vendas do Varejo Brasileiro
As vendas do varejo brasileiro apresentaram, em julho, a quarta queda consecutiva, sinalizando um esfriamento gradual da atividade econômica no início do terceiro trimestre. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quinta-feira, 11.
Desempenho em Julho
As vendas no varejo recuaram 0,3% em relação a junho, ajustadas sazonalmente, porém, apresentaram uma alta de 1% ao comparar com julho de 2024. Economistas projetavam uma queda de 0,3% em relação ao mês anterior e uma alta de 0,8% na comparação anual, conforme pesquisa realizada pela Reuters.
Atividades do Comércio Varejista
Das oito atividades do comércio varejista analisadas pelo IBGE, metade registrou redução nas vendas. Os segmentos mais afetados incluíram:
- Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,1%
- Tecidos, vestuário e calçados: -2,9%
Por outro lado, as maiores altas foram observadas em:
- Móveis e eletrodomésticos: 1,5%
- Livros, jornais, revistas e papelaria: 1,0%
Análise da Situação Atual
Cristiano Santos, gerente da pesquisa, enfatizou a perda de impulso no curto prazo do varejo, que acumula uma queda de 1,1% nas vendas desde março. Ele ressaltou a tendência de queda contínua do varejo brasileiro ao longo dos últimos meses, afirmando: "O que se vê é uma trajetória lenta e contínua de queda do varejo brasileiro nesses últimos meses".
Comércio Varejista Ampliado
O chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças, materiais de construção, além de atacados de produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou um crescimento de 1,3% nas vendas em julho em comparação com junho. No entanto, observou-se uma queda de 2,5% na comparação anual.
Produção Industrial
Dados do IBGE publicados na semana anterior apontaram que a produção industrial do país também apresentou uma retração de 0,2% em julho. Este resultado marca o quarto mês consecutivo sem crescimento na produção industrial brasileira.