JBS Considera Oportunidades de Aquisição no Mercado Europeu
A JBS (JBSS32), reconhecida como a maior empresa de carnes do mundo, considera o mercado europeu de proteína animal como um setor "fragmentado", o que, segundo Wesley Batista, acionista controlador da empresa recentemente listada na Bolsa de Nova York, representa inúmeras oportunidades de aquisição. Essa declaração foi feita durante um evento transmitido ao vivo.
Perspectivas de Aquisições
Durante a apresentação, Wesley Batista, ao lado de Marcos Molina, acionista controlador das concorrentes Marfrig e BRF, respondeu a questionamentos sobre a posição dominante de algumas empresas brasileiras no mercado global de carnes. Batista afirmou que existem várias oportunidades para aquisições na Europa e em outros países. "Sem dúvida, há muitas oportunidades na Europa e em outras partes do mundo", destacou.
A listagem da JBS em Nova York, ocorrida no início deste ano, concedeu à empresa um acesso mais amplo a investidores. Essa nova dinâmica possibilita à JBS reduzir seu custo de capital e melhorar sua competitividade em relação a rivais como a Tyson nos Estados Unidos e outras grandes empresas listadas no Brasil, como a Minerva.
Limitações na Expansão nos Estados Unidos e Brasil
Apesar das oportunidades de expansão na Europa, a JBS enfrenta restrições nos Estados Unidos e no Brasil. Batista explicou que a empresa não pode realizar aquisições nesses mercados devido às preocupações concorrenciais levantadas pelas autoridades antitruste. "Em relação ao boi, porco e frango, não posso fazer nenhuma aquisição, pois temos uma participação de aproximadamente 20% a 25% do mercado norte-americano nesses três tipos de proteína", esclareceu.
Adicionalmente, Batista mencionou que a situação é semelhante em relação ao Brasil, o que torna improvável que a JBS busque realizar aquisições no mercado local de alimentos processados, por exemplo.
Demanda Global por Proteína
Batista comentou ainda que o uso de medicamentos como Mounjaro e Ozempic está elevando a demanda global por proteína, o que beneficia as empresas de alimentos em geral. Ele mencionou que cerca de 15 milhões de americanos utilizam esses medicamentos regularmente para emagrecimento, embora ainda não existam dados suficientes para quantificar exatamente o aumento na demanda por carne decorrente do uso desses fármacos.
