Mercado financeiro ajusta estimativa de inflação para 4,95%

by Fernanda Lima
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Previsões do Mercado Financeiro para a Inflação no Brasil

A estimativa do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, foi reduzida de 5,05% para 4,95% para o ano de 2023. Esse é o 12º corte consecutivo na projeção, conforme publicado no Boletim Focus nesta segunda-feira (18). A pesquisa é realizada semanalmente pelo Banco Central (BC), que coleta as expectativas de diversas instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.

Projeções para os Próximos Anos

Para os anos subsequentes, as estimativas também apresentaram alterações. Para 2026, a previsão da inflação variou de 4,41% para 4,4%. Já para 2027 e 2028, as previsões foram fixadas em 4% e 3,8%, respectivamente.

Meta de Inflação e Tolerância

A estimativa de inflação para este ano ainda se encontra acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Sendo assim, o limite inferior é de 1,5% e o superior é de 4,5%.

Dados Recentes sobre a Inflação

No mês de julho, a inflação oficial divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou uma alta de 0,26%. Esse aumento foi motivado pela elevação nas contas de energia, embora o índice tenha apresentado uma queda nos preços dos alimentos por dois meses consecutivos, o que ajudou a estabilizar a inflação. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA alcançou 5,23%, ultrapassando o teto da meta de até 4,5%.

Taxa de Juros e Política Monetária

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal ferramenta a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A diminuição da inflação e o começo da desaceleração econômica levaram o colegiado a interromper o ciclo de aumento de juros na última reunião, que ocorreu no mês passado, após um período de sete altas consecutivas na Selic.

Comunicado do Copom

Em um comunicado, o Copom destacou que a política comercial dos Estados Unidos tem gerado incertezas sobre os preços. A autoridade monetária afirmou que, por enquanto, sua intenção é manter a taxa de juros inalterada, mas não descartou a possibilidade de um novo aumento na Selic, caso seja necessário.

Expectativa para a Selic

A previsão dos analistas é que a taxa básica de juros termine o ano de 2025 em 15% ao ano. Para o final de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,5% ao ano. Já para 2027 e 2028, a previsão é de nova redução, chegando a 10,5% e 10% ao ano, respectivamente.

Impacto do Aumento da Selic

Quando o Copom decide aumentar a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que impacta os preços de forma direta. O encarecimento do crédito e a estimulação da poupança são algumas das consequências da elevação da Selic. No entanto, os bancos também levam em conta outros fatores na determinação das taxas cobradas dos consumidores, como o risco de inadimplência, o lucro e as despesas administrativas.

Dessa forma, taxas de juros mais altas podem dificultar a expansão da economia.

Efeito da Redução da Selic

Quando a Selic é reduzida, a tendência é que o crédito se torne mais acessível, incentivando a produção e o consumo. Essa dinâmica pode levar à redução do controle sobre a inflação, além de estimular a atividade econômica.

Crescimento do PIB e Previsões para o Câmbio

A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2023 se manteve em 2,21% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de bens e serviços produzidos no país, foi ajustada para 1,87%. Para os anos de 2027 e 2028, as expectativas são de crescimento do PIB de 1,87% e 2%, respectivamente.

Desempenho da Economia Brasileira

Puxada principalmente pela agropecuária, a economia brasileira registrou um crescimento de 1,4% no primeiro trimestre deste ano, segundo dados do IBGE. Em 2024, o PIB teve um aumento de 3,4%, representando o quarto ano consecutivo de crescimento e a maior expansão desde 2021, quando o crescimento foi de 4,8%.

Previsões para a Cotação do Dólar

A expectativa para a cotação do dólar é de R$ 5,60 ao final deste ano. Já para o final de 2026, a previsão é que a moeda americana atinja R$ 5,70.

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