Ibovespa B3 encerra sessão em queda
O Ibovespa B3 finalizou a sessão de terça-feira, dia 2 de outubro, com uma retração de 0,62%, alcançando 140.410,04 pontos. O índice apresentou uma perda de 872,97 pontos durante o pregão, refletindo a crescente incerteza em relação ao ambiente político do país. Essa dinâmica se intensificou com o início do julgamento de Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do STF, somada a dados econômicos mistos.
PIB brasileiro apresenta crescimento moderado
Nesta terça-feira, também foi divulgado pelo IBGE o resultado do PIB brasileiro referente ao segundo trimestre de 2025. O crescimento foi de 0,4%, superando as expectativas, mas representando uma desaceleração em relação ao trimestre anterior. Esse fator, combinado com o julgamento, gerou um sentimento de cautela entre os investidores.
A análise do julgamento de Bolsonaro, que se concentra na acusação de tentativa de golpe em 2022, cria um ambiente de risco político elevado, repercutindo tanto nacional quanto internacionalmente.
Análise do cenário corporativo
No panorama corporativo, algumas ações obtiveram desempenho diferente do índice geral. A Azul (AZUL4) manteve-se estável, encerrando a sessão cotada a R$ 0,80, enquanto Raízen (RAIZ4) apresentou uma queda de 1,61%, com o preço caindo para R$ 1,22. A Magazine Luiza (MGLU3) experimentou um leve avanço de 1,10%, encerrando a negociação a R$ 8,28, e a Cosan (CSAN3) registrou um aumento de 3,42%, com o valor finalizado em R$ 6,05.
Entre as instituições financeiras, o Banco do Brasil (BBAS3) se destacou com uma queda significativa de 2,84%, fechando a R$ 20,49. Essa performance negativa pode ser interpretada como um possível reflexo das incertezas relacionadas ao ambiente regulatório e diplomático.
Volatilidade nas condições de mercado
As condições do mercado financeiramente também tornaram-se mais voláteis. A taxa DI para o dia 1º de setembro manteve-se em 14,90%, enquanto o Índice DI de 2/9 marcou 51.798,86 pontos. O S&P/B3 VIX, um indicador de volatilidade, subiu 7,82%, alcançando 15,86 pontos, aumentando a tensão entre os investidores.
Dólar encerra em alta diante de incertezas
O dólar comercial finalizou o dia cotado a R$ 5,4674 na compra e R$ 5,4680 na venda, mostrando valorização em meio a preocupações políticas e uma percepção de incremento no risco do Brasil.
Desde o início da jornada, a moeda foi pressionada pela reabertura do mercado americano e pela atenção dos investidores em relação às movimentações do Fed e aos dados macroeconômicos globais.
Internamente, o julgamento de Bolsonaro, que poderá afetar as relações diplomáticas e comerciais do Brasil, foi considerado um fator que aumenta a instabilidade. A progressão do real tem sido contida devido ao crescimento da volatilidade local e à intensificação dos temores sobre possíveis retaliações ou sanções externas.
Cenário fiscal e suas implicações
No que tange ao ambiente nacional, o cenário fiscal voltou ao foco após o registro de um déficit primário em julho e o início das discussões sobre o orçamento de 2026. A soma desses fatores, incluindo a agenda inflacionária e o panorama internacional, trouxe uma pressão adicional ao câmbio. Dessa forma, houve um reforço na movimentação de “fuga para a segurança” voltada para o dólar.
